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sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Motorola CLIQ / DEXT: fénix renasce das cinzas?

Era um dos dias mais esperados da “reentré” tecnológica. Depois dos últimos anos de perdas consecutivas de quota de mercado, a Motorola que era dada como uma empresa em riscos de fechar portas, renova a sua gama de smartphones apresentando o CLIQ. Será um modelo que promete fazer as delícias de todos os amantes das linhas elegantes que sempre foram a imagem de marca da Motorola.
Como tinha sido prometido a Motorola apresentou ontem na conferência de São Francisco, o CLIQ (ou MOTOCLIQ como alguns já lhe chamam). Trata-se claramente de um tudo ou nada do gigante americano, para ganhar novo fôlego para competir com smartphones de empresas rivais como a HTC, Apple, Palm ou mesmo Nokia.
A empresa aposta claramente em linhas suaves, e numa navegação própria através da sua própria interface sobre o Android denominada Blur. O Blur transparece à primeira vista toques de requinte e promete uma experiência social perfeita, promovendo a integração com serviços populares da Internet como o Facebook, Twitter, Gmail, Myspace e Yahoo entre outros.
O Blur agrega todos os contactos do seu utilizador, independentemente da sua origem, num único centro de contactos. Será certamente uma alternativa ao Sense UI da HTC e um alvo favorito de modding da comunidade xda-developers.
Mas não é só de aspecto que vive esta nova interface de utilizador. Revela-se aliás bastante dinâmica ao ponto de, sempre que a infraestrutura Android dispõe de uma actualização no seu contexto resultante de, por exemplo, uma chamada de um contacto seu, o Blur actualiza em tempo real informação sobre o seu estado e fotografia e articula-a no ecrã inicial.
Mas voltando ao hardware, trata-se de um dispositivo bastante generoso nas suas características (especialmente no ecrã). Confira de seguida os pergaminhos deste novo dispositivo móvel:
Ecrã táctil de 3.1 polegadas HVGA, com resolução de 320 x 480
Processador Qualcomm MSM 7201A de 528 Mhz
512 MB de ROM e 256 MB de RAM de armazenamento
Conectividade Wifi b/g, 3G e Bluetooth e USB 2.0
Teclado deslizante QWERTY
Câmara de 5 Megapixeis com zoom de 5.4x e auto foco
Receptor AGPS
Expansibilidade microSD até 32 GB
Bateria com 1420 mAh de autonomia
Sincronização de contactos, mensagens, fotografias e outros dados de fontes como Facebook®, MySpace, Twitter, Gmail™, e-mail, e LastFM
Suporte para protocolos de Email Exchange (com suporte ActiveSync), IMAP4 e POP3
Sistema Operativo móvel Android 1.5 com interface Blur.
Disponível em tonalidade negra, existindo ainda uma variante com decoração a branco
Observando com maior atenção as especificações, são pontos que merecem uma apreciação bastante positiva o tamanho do ecrã, um teclado deslizante para os fãs de SMS ou twitter e uma bateria com bastante autonomia. Pode visualizar uma pequena demonstração do CLIQ no vídeo que lhe deixamos de seguida e que o Engadget filmou, na apresentação oficial do dispositivo móvel, para que possa ter uma ideia do que este nova gadget poderá oferecer.
O CLIQ será comercializado para já na T-Mobile no mercado norte-americano e já está confirmada a sua comercialização na América latina e na Europa e com a designação DEXT. As operadoras e países alvos deste novo smartphone são para já a Orange no Reino Unido/França, a Telefonica em Espanha e a American Movil na América do Sul. E para Portugal (alô operadoras móveis nacionais)?
É de facto o tudo ou nada, para a Motorola que por muitos anos foi líder mundial de mercado de telemóveis que agora é controlado pela Nokia. Quem não se lembra do Motorola Razr V3 que foi provavelmente o telemóvel mais bem sucedido (leia-se vendido) de sempre? Parece contudo que a empresa norte americana agora aspira competir no mercado dos smartphones, onde actualmente a Apple como líder será uma rival de longa data, para se recuperar terreno.
Não se irá esperar tarefa fácil, visto que a Motorola foi alvo de prejuízos bastante avultados nos últimos anos e foi obrigada a fazer uma reestruturação profunda. Mas a julgar pelo novo Blur, é caso para dizer que já valeu a pena à Motorola contratar um conjunto de programadores chave que se encontram a trabalhar no projecto Android.
O resultado é na minha opinião bastante satisfatório, e com a Motorola novamente em jogo, posso arriscar quando refiro que está ao rubro o mercado de dispositivos móveis com o sistema operativo open source. Motorola ver também Engadget

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